Mariana Ghirello
Os escritórios interessados em se tornar parceiros de departamentos jurídicos têm à mão uma ferramenta para saber o que eles querem e como atendê-los. A LexisNexis Martindale-Hubbell lançou a primeira pesquisa de mercado na América Latina sobre o relacionamento entre departamentos jurídicos e escritórios de advocacia. A análise foi feita em parceria com a Gonçalves & Gonçalves, marketing jurídico.
A principal razão para se escolher um escritório é o seu conhecimento jurídico, seguido de disponibilidade para atender o cliente e a experiência no setor econômico da empresa. "Um dos maiores problemas dos escritórios de advocacia ainda é a falta de entendimento das dinâmicas empresariais e necessidades efetivas das empresas", acrescenta uma empresa do setor de papel e celulose que participou do levantamento.
Bons contatos
Entre os departamentos jurídicos ouvidos, 68% preferem assinar contratos com valores fechados. Apenas 19% dos escritórios contratados, recebem o pagamento a partir do êxito nos processos. A maior parte das empresas também prefere trabalhar com escritórios de pequeno e médio porte, de até 50 advogados. E metade das empresas com faturamento anual de R$ 1 bilhão têm até 10 sociedades como parceiros na gestão de suas ações. A indicação por parte de advogados de outras empresas está entre as formas mais usadas para se chegar a um escritório.
Para melhorar
Manter e melhorar a qualidade do serviço jurídico é fator mais importante para manter um bom relacionamento com o departamento jurídico. A comunicação regular sobre os assuntos em andamento foi apontado como o segundo item mais importante quase empatado com melhor disponibilidade. E em terceiro, melhor conhecimento do negócio do cliente e seu setor de mercado.
Motivo de dispensa
As principais razões que levam uma empresa a dispensar um escritório também foram levantadas na pesquisa, e novamente o primeiro item apontado é a qualidade do serviço jurídico. A falta de ética e profissionalismo, de atenção com os assuntos críticos e de confidencialidade estão posicionados como as os outros motivos que mais causam o fim do contrato. Mais dois itens chamam atenção nesta parte da pesquisa: a relação ruim com o departamento jurídico e os conflitos de interesse não mencionados previamente.